Especiais, e estes "super-poderes" os fazem ser vistos como uma ameaça pelas autoridades, que os confinam em campos de custódia e os classifica de acordo com a periculosidade de seus poderes. Ruby (Amandla Stenberg de Jogos Vorazes, Tudo e Todas as Coisas), pertence à classe mais perigosa, mas consegue esconder sua verdadeira classificação por anos. Quando é desmascarada, a adolescente precisa fugir para sobreviver.
Enquanto o caos cultural, político e econômico causado pela ausência das crianças na sociedade remete ao cenário visto em Filhos da Esperança. Mentes Sombrias bebe e muito de conceitos muitas vezes vistos e revistos na cultura pop. A falta de curiosidade, no entanto, é compensada pela combinação destas referências na construção desta nova aventura. Uma pena que o longa não tenha tempo para discutir mais afundo os questionamentos, que estas características levantam. É aqui que começamos a ter vontade de conhecer o livro.
Desde o grupo com quem constrói uma relação, até os antagonistas. Entre os amigos estão o líder/par perfeito Liam (Harris Dickinson), a adorável e pequena, logo dependente Zu (Miya Cech) e o inteligente Charles/Bolota (Skylan Brooks), formam grupo carismático, porém estereotipados. O mesmo vale para os personagens vividos por Gwendoline Christie, Mandy Moore e Patrick Gibson, cada um seguindo o esperado mesmo em momentos de ambiguidades e reviravoltas.
Entrega com relação aos demais personagens, deve funcionar para aqueles que conhecem o material, ou que acreditam que estes podem ser melhor trabalhados em possíveis sequências. Assim, como demais detalhes sobre este mundo, já que neste filme tudo que descobrimos é que este entrou em colapso, e parece abandonado, desesperançado e vazio.
Dos poderes das crianças. Apesar da pouca construção de personagens, o roteiro escrito pela própria autora em parceria com Chad Hodge, consegue passar o tom de urgência e perigo que as crianças passam, sem deixar de tratá-los como os jovens que são. Enquanto a direção da estreante em live-actions Jennifer Yuh Nelson (Kung Fu Panda 2 e 3) entrega o básico, e até consegue encontrar momentos para enfatizar de forma sutil aqueles temas e críticas que o roteiro aponta.
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