Estabelecida (novos guardas, o dobro de detentas), a série começa a trabalhar suas personagens individualmente como de costume. Mas perde muito tempo, com isso e entrega uma primeira metade de temporada morna.
Queda de Piper (Taylor Schilling), que acreditava ser a nova "chefona" do local, por seu negócio de calcinhas. E a disputa com a rival dominicana (sim, as latinas tem subgrupos agora) Maria (Jessica Pimentel). Trabalhando exaustivamente um conflito de etnias que já conhecemos bem.
Conhecidas e novatas que vão ganhar espaço para ter sua história contada, como a perturbada Lolly (Lori Petty). Os novos guardas veteranos de guerra, e o novo formato de administração da prisão, que incluem trabalho forçado e castigos exagerados também são desenvolvidos aos poucos.
Mas o caminho é certeiro. A temporada trabalha todos os problemas em um crescente, de forma que os eventos vão se unir e culminar no season finale mais urgente e perigoso até então. A série toma decisões corajosas, e opta por decisões extremas e definitivas, que vai arrancar lágrimas de muita gente. E apesar de triste ainda é belo por sua execução.
Apoiam esta construção que ganham um ritmo mais interessante a partir do meio da temporada. Ausência sentida na temporada anterior, Nicky (Natasha Lyone) retorna para ajustar sua trajetória, ainda relacionada à seu vício. Enquanto Caputo (Nick Sandow) continua sendo dominado por mulheres.
Antes uma das mulheres mais bem resolvidas e fortes da cadeia, na terceira temporada a transgênera começa a sofrer preconceito e após sofrer agressão é isolada "para sua própria segurança". A inversão de valores poderia ser um tema melhor explorado, ao invés disso, temos pequenos vislumbres da vida de Sophia na solitária. A personagem faz falta e merecia um desenvolvimento melhor. É possível que a agenda de Laverne Cox tenha influenciado sua participação, mas ainda sim esta podia ser melhor aproveitada.
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